Casa Amarela tem o mercado, tem o sítio da trindade e tem a igreja da harmonia. Já teve o morro da conceição, Alto Zé do Pinho e outros. Fica na zona norte do Recife e já foi o mais populoso bairro da capital pernambucana. A povoação tem origem nas investidas
holandesas pelos arredores do chamado Arraial Velho do Bom Jesus.
Nome tão antigo como sua própria história. Casa Amarela era também, o "fim da linha". Aqui ficava o terminal de uma das linhas de bonde do Recife. A dita cuja acabava no sítio, do português Joaquim dos Santos Oliveira. Como na história do surgimento da localidade criada pela família de Anna Paes, modou - se para longe da região portuária a conselho médico, para tratamento de uma tuberculose. Não se sabe se por promessa, logo que ficou "bom" da doença, seu Joaquim mandou pintar a casa de ocre. Foi assim fque o lugar do final da linha do bonde, ganhou o codinome de casa amarela.
Em 1988, o bairro deixou de ser o mais populoso e foi "desconectado" de localidades como Poço da Panela, Morro da Conceição (e não tem quem pelo menos na fala não se recuse a incorporar a idéia), Vasco da Gama, Nova Descoberta, bairro da Tamarineira, Macaxeira, Mangabeira e Alto José do Pinho. Praticamente toda área de morros, à exceção do Alto Santa Isabel. A decisão desmembrou o bairro original deixando somente os arredores do mercado, com seu centro histórico e comercial.
De volta às origens.
A Casa Amarela surgiu ainda lá pras bandas de 1630. Quando o general Matias de Albuquerque ordenou a construção do Forte Real do Bom Jesus. O obstinado general fez isso para o “proteger o interior de Pernambuco contra os invasores holandeses”. Nas vizinhança do forte, não demorou a surgir o arraial onde, além de tropas do exército, acamparam muitas pessoas que haviam abandonado suas casas quando os holandeses ocuparam Olinda e Recife. E, conseqüentemente, o bonde.
Tod@s sabem que os holandeses não deram mole por aqui. Não é por acaso que a maior avenida dessa área marca a data da histórica batalha onde morreram muitos. Quem nunca ouviu falar sobre combate de 17 de agosto de 1645? Episódio que ficou conhecido como a Batalha de Casa Forte, e uma das mais notáveis vitórias pernambucanas na guerra contra o domínio holandês, com a forte atuação e interferência de uma extraordinária mulher. É de enorme satisfação citá - la de novo: Anna Gonsalves Paes de Azevedo. Luzilá Ferreira Gonçalves conta com muita propriedade e paixão a história dessa nossa mártir no romance histórico A Garça Mal Ferida (Editora Nova Presença).
E lá vai o parênteses:
(Anna tem data de nascimento estimada em 1617. Era filha dos portugueses Jerônimo Paes de Azevedo e Izabel Gonsalves Paes, donos de um dos mais ricos e importantes engenhos da várzea do Capibaribe. Casou - se três vezes, a primeira adolescente, porque aos 18 anos ficou viúva do capitão Pedro Correia da Silva, a segunda em 1637, com o capitão do exército holandês Carlos de Tourlon, com quem teve Isabel de Tourlon. Por causa da decisão do Conde Maurício de Nassau de mandar o capitão Tourlon de volta para a Holanda. E acabou morrendo (e teve ter sido pelo enorme desgosto). Depois de atestada morte do capitão, Anna, mulher forte e apaixonada pela vida, casou - se então pela terceira vez, em 1645, com Gilberto de With, conselheiro de justiça do governo holandês. Com ele teve dois filhos: Kornelius e Elizabeth. Aí vem todo aquele sofrimento de ter os imóveis confiscados com expulsão dos batavos. Ela que era casada com holandês e mãe de três filhos batizados na religião do marido, não teve outra escolha senão embarcar com a família em 1654, para a Holanda. Foi no engenho de Anna Paes que aconteceu a Batalha de Casa Forte).
Bom mas isso foi lá pra's bandas de Casa Forte, que ainda resistiu até quase 1949. O velho Arraial já havia caído em 1635 e estava arrasado dez anos depois. Com a expulsão dos holandeses em 1649, os "habitantes" foram aos poucos retornando e reformando as casas destruídas. Ergueram novas. E foi assim que começou o Arraial Velho. Esse Arraial Velho do Bom Jesus que ficava no lugar onde hoje está o Sítio da Trindade.
A formação do bairro de Casa Amarela passou, também, pelo final do século dezoito, quando os Engenhos Casa Forte e Monteiro foram desativados e as terras que a eles pertenciam foram divididas em vários sítios. Já a ocupação dos vários morros que integraram o bairro se deu a partir do início do século vinte, uma vez que famílias grandes proprietárias de terras foram loteando. Ao longo dos anos, essas terras foram objeto de desapropriações nem sempre realizadas de forma pacífica.
Entre os anos setenta e oitenta, o negócio por aqui quase pegou fogo de novo, na luta pela terra. Quem estava à frente era o movimento denominado Terra de Ninguém. Até no nome com uma visão de meta um tanto diferente do Movimento dos Sem Terra. Bom, mesmo assim, tudo isso ainda nos faz lembrar que estamos na idade da pedra. Ou da vida sem paz, sem calma, sem alma, sem chão, sem pão, com fome e de uma violência sem nome.
Dias de hoje
Segundo o Censo do IBGE, em 2000 o bairro de Casa Amarela tinha uma população de 25.543 habitantes. Um área total de 185 hectares. E uma média de 138 habitantes por hectar. Sinceramente, me recuso a aceitar um 1/4 de ser humano. O fato é que com essa média, Casa Amarela não é mais o bairro mais populoso do Recife. Foi perdendo o título e condição, a partir de 1988 quando "o decreto nº 14.452 autorizou o poder municipal a tornar algumas de suas áreas em bairros autônomos".
Foram desmembrados de Casa Amarela, entre outros, o Morro da Conceição. Espia, mesmo!
Justo o morro da conceição. Uma marca desse povo daqui. Pode fazer uma pesquisa, a maioria do povo que sobe o morre no dia 8 de dezembro e acende velas para Nossa Senhora da Conceição, diz logo: eu sou de casa amarela. À exceção claro, dos cada vez mais numerosos políticos. Estes, a gente sabe, são de todos os lugares...
Bom, o negócio aqui é resgate da história. O lugar onde hoje é o morro da conceição foi chamado no século dezessete de outeiro do Bagnuolo, uma referência ao Conde de Bagnuolo, um italiano de Nápoles, engajado em tropas que partiram de Salvador para defender pernambuco dos invasores, idealizou uma fortaleza de defesa perto do Arraial Velho do Bom Jesus, essa fortaleza sequer chegou a ser construída. Embora compreendida como tal. A título de "estar dando condições de combate às tropas", num lugar com mais de quarenta pés de altura. (Ahã)... Uma figura o tal Conde.
Merece outro parênteses:
(Giovanni Vincenzo di San Felice, Conde de Bagnuolo, nasceu em Nápoles, no ano de 1575 e morreu em Salvador, a 26 de agosto de 1640. Por tanto, tinha 65 anos de idade. Militar italiano, Bagnuolo entrou para o serviço da Coroa da Espanha num regimento de soldados napolitanos.
Nas primeiras Invasões holandesas ao Brasil, em 1625, Salvador. Foi enviado à Capitania de Pernambuco em 1631 para reforçar as tropas de Matias de Albuquerque. Antes, ainda, teria desembarcado em Alagoas, de onde rumou para o norte, defendendo o Cabo de Santo Agostinho.
Assumiu o comando da tropa após a morte do comandante espanhol Luís de Rojas y Borja, criou o forte que nunca existiu (o tal Outeiro de Bagnuolo) e em território digamos "amarelo"! fez juz ao espírtito que de que o bom mesmo é estar vivo. Abandonou a batalha e se refugiou em Porto Calvo. De lá para Sergipe e depois Bahia, onde finalmente vingou - se dos holandeses e depois, vitorioso, voltou a Pernambuco, retomando a luta contra os holandeses. Mas na sucessão das batalhas, já no ano de 1640, teve que voltar à Bahia, e acabou morrendo naquele mesmo ano.
A história não é muito justa com o tal Conde, dizem que na partida em disparada, quando Nassau apontou donde dava a vista com 2.000 homens de tropas. Bagnuolo teria deixado três canhões de bronze, de presente para os batavos. Pelo menos é o que reza a lenda.
O fato é que, com a vitória sobre os holandeses, o Matias de Albuquerque resolveu chamar o lugar de Outeiro de Bagnuolo, em lembrança a seu nome. Em 1900, a área ganhou nome de Outeiro da Bela Vista. O nome morro da conceição é de 1904, por ordem do bispo do Recife, Dom Luís Raimundo da Silva Brito, que mandou erguer o monumento em homenagem a Nossa Senhora da Conceição. Altar construído em Portugal, em comemoração aos 50 anos da Imaculada Conceição, que foi instalado ali ao lado da capela em estilo gótico, além de aberta a estrada de acesso ao morro.
Senhora da Conceição, minha mãe, minha rainha
Desde o dia 8 de dezembro de 1904, que uma multidão vai ao local. A data teve que ser transformada feriado municipal.
Monumento
A Imagem de Nossa Senhora da Conceição, vinda "por trás dos montes e d'além mar" tem cinco metro e meio de altura e pesa quase duas toneladas. Representa Maria Santíssima, vestida de branco, envolvida em um manto azul, de pé sobre o globo terrestre, com as mãos unidas em oração e uma cobra sendo esmagada pelos pés. O rosto é virado para a capela que ali foi construída. Em 1906, depois substituída. Nossa Senhora da Imaculada Conceição tem dali uma visão privilegiada. Alias, qualquer um que vá ao morro, além da belíssima imagem da santa. Contempla cenários de várias partes do Recife. E cria, apesar da importância que tem para o povo e a história recifense, o conjunto (imagem e capela) ainda não é tombado pelo Patrimônio Histórico.
Festa do Morro
Todos os anos, em 29 de novembro, é realizada a procissão da bandeira, que leva pequena imagem de Nossa Senhora da Conceição e uma bandeira alusiva à mesma.
Quando o monumento pertencia à paróquia do Bom Jesus do Arraial, a procissão saía sempre de sua matriz. Com a elevação a paróquia, essa procissão passou a sair de pontos diferentes a cada ano. É realizada uma novena, que termina no dia 7 de dezembro.
No dia 8, são celebradas missas, a partir das 4 horas da madrugada, culminando com outra procissão, no final da tarde.
Festa profana
Até 1959, o pátio do Morro da Conceição era palco de uma grande festa profana, com brinquedos infantis e adultos, barracas com comidas típicas etc. Grande multidão acorria ao local durante os dias que antecediam a festa da Conceição. Com um acidente naquele ano, que promoveu correria e pânico no local cheio de gente, procando até mortes. O pároco Monsenhor Teobaldo de souza Rocha da paróquia do Bom Jesus do Arraial, empenhou-se junto às autoridades para retirar do morro a festa profana, festejos que agora têm lugar na Avenida Norte e no Largo Dom Luís.
Até 1974, o Morro da Conceição pertencia ao bairro de Casa Amarela. Com a reestruturação dos bairros do Recife, foi elevado à categoria de bairro ele mesmo. E segundo censo do IBGE, de 2000, a população do morro é de 10.142 habitantes. Com uma área de quase quarenta e um hectares. A dita densidade demográfica chega a 248 habitantes por hectare, e aqueles idefectíveis quebrados.
Bom, vamos então agora, lembrar que é graças ao Sítio da Trindade que o bairro de Casa Amarela existe. O sítio histórico tem cerca de seis e meio hectares de área verde, com um chalé de seiscentos metros quadrados, hoje sede de atividades e programações culturais desenvolvidas pela Prefeitura. A área do Sítio também serve de palco às festas do São João, Natal, como autos natalinos e apresentação de pastoris, e tem até feira de hortifrutigranjeiros, sem agrotóxicos.
Pro final, ficou a melhor parte da história. Os tempos de glória do Sítio da Trindade. Tempo em que esse forte do Arraial Velho do Bom Jesus era sinal de resistência contra os invasores. E que por isso atraiu um número tão grande de moradores, comerciantes e foram surgindo as lojas, e barracas e pontos de negócios, até um oratório. O terreno do Arraial Velho foi reocupado, passando às mãos da família Trindade Paretti, e o local passou a ser, então, Sítio da Trindade, por causa desse bonito sobrenome da família. Já pensou: Sítio Paretti ? Ganhou Trindade!
Bem, no ano de 1952, o Sítio da Trindade (mesmo) foi desapropriado e declarado como um bem de utilidade pública. E em 17 de junho de 1974, classificado como um conjunto paisagístico e tombado pelo Iphan - Instituto do Patrimônio Artístico Nacional.
holandesas pelos arredores do chamado Arraial Velho do Bom Jesus.
Nome tão antigo como sua própria história. Casa Amarela era também, o "fim da linha". Aqui ficava o terminal de uma das linhas de bonde do Recife. A dita cuja acabava no sítio, do português Joaquim dos Santos Oliveira. Como na história do surgimento da localidade criada pela família de Anna Paes, modou - se para longe da região portuária a conselho médico, para tratamento de uma tuberculose. Não se sabe se por promessa, logo que ficou "bom" da doença, seu Joaquim mandou pintar a casa de ocre. Foi assim fque o lugar do final da linha do bonde, ganhou o codinome de casa amarela.
Em 1988, o bairro deixou de ser o mais populoso e foi "desconectado" de localidades como Poço da Panela, Morro da Conceição (e não tem quem pelo menos na fala não se recuse a incorporar a idéia), Vasco da Gama, Nova Descoberta, bairro da Tamarineira, Macaxeira, Mangabeira e Alto José do Pinho. Praticamente toda área de morros, à exceção do Alto Santa Isabel. A decisão desmembrou o bairro original deixando somente os arredores do mercado, com seu centro histórico e comercial.
De volta às origens.
A Casa Amarela surgiu ainda lá pras bandas de 1630. Quando o general Matias de Albuquerque ordenou a construção do Forte Real do Bom Jesus. O obstinado general fez isso para o “proteger o interior de Pernambuco contra os invasores holandeses”. Nas vizinhança do forte, não demorou a surgir o arraial onde, além de tropas do exército, acamparam muitas pessoas que haviam abandonado suas casas quando os holandeses ocuparam Olinda e Recife. E, conseqüentemente, o bonde.
Tod@s sabem que os holandeses não deram mole por aqui. Não é por acaso que a maior avenida dessa área marca a data da histórica batalha onde morreram muitos. Quem nunca ouviu falar sobre combate de 17 de agosto de 1645? Episódio que ficou conhecido como a Batalha de Casa Forte, e uma das mais notáveis vitórias pernambucanas na guerra contra o domínio holandês, com a forte atuação e interferência de uma extraordinária mulher. É de enorme satisfação citá - la de novo: Anna Gonsalves Paes de Azevedo. Luzilá Ferreira Gonçalves conta com muita propriedade e paixão a história dessa nossa mártir no romance histórico A Garça Mal Ferida (Editora Nova Presença).
E lá vai o parênteses:
(Anna tem data de nascimento estimada em 1617. Era filha dos portugueses Jerônimo Paes de Azevedo e Izabel Gonsalves Paes, donos de um dos mais ricos e importantes engenhos da várzea do Capibaribe. Casou - se três vezes, a primeira adolescente, porque aos 18 anos ficou viúva do capitão Pedro Correia da Silva, a segunda em 1637, com o capitão do exército holandês Carlos de Tourlon, com quem teve Isabel de Tourlon. Por causa da decisão do Conde Maurício de Nassau de mandar o capitão Tourlon de volta para a Holanda. E acabou morrendo (e teve ter sido pelo enorme desgosto). Depois de atestada morte do capitão, Anna, mulher forte e apaixonada pela vida, casou - se então pela terceira vez, em 1645, com Gilberto de With, conselheiro de justiça do governo holandês. Com ele teve dois filhos: Kornelius e Elizabeth. Aí vem todo aquele sofrimento de ter os imóveis confiscados com expulsão dos batavos. Ela que era casada com holandês e mãe de três filhos batizados na religião do marido, não teve outra escolha senão embarcar com a família em 1654, para a Holanda. Foi no engenho de Anna Paes que aconteceu a Batalha de Casa Forte).
Bom mas isso foi lá pra's bandas de Casa Forte, que ainda resistiu até quase 1949. O velho Arraial já havia caído em 1635 e estava arrasado dez anos depois. Com a expulsão dos holandeses em 1649, os "habitantes" foram aos poucos retornando e reformando as casas destruídas. Ergueram novas. E foi assim que começou o Arraial Velho. Esse Arraial Velho do Bom Jesus que ficava no lugar onde hoje está o Sítio da Trindade.
A formação do bairro de Casa Amarela passou, também, pelo final do século dezoito, quando os Engenhos Casa Forte e Monteiro foram desativados e as terras que a eles pertenciam foram divididas em vários sítios. Já a ocupação dos vários morros que integraram o bairro se deu a partir do início do século vinte, uma vez que famílias grandes proprietárias de terras foram loteando. Ao longo dos anos, essas terras foram objeto de desapropriações nem sempre realizadas de forma pacífica.
Entre os anos setenta e oitenta, o negócio por aqui quase pegou fogo de novo, na luta pela terra. Quem estava à frente era o movimento denominado Terra de Ninguém. Até no nome com uma visão de meta um tanto diferente do Movimento dos Sem Terra. Bom, mesmo assim, tudo isso ainda nos faz lembrar que estamos na idade da pedra. Ou da vida sem paz, sem calma, sem alma, sem chão, sem pão, com fome e de uma violência sem nome.
Dias de hoje
Segundo o Censo do IBGE, em 2000 o bairro de Casa Amarela tinha uma população de 25.543 habitantes. Um área total de 185 hectares. E uma média de 138 habitantes por hectar. Sinceramente, me recuso a aceitar um 1/4 de ser humano. O fato é que com essa média, Casa Amarela não é mais o bairro mais populoso do Recife. Foi perdendo o título e condição, a partir de 1988 quando "o decreto nº 14.452 autorizou o poder municipal a tornar algumas de suas áreas em bairros autônomos".
Foram desmembrados de Casa Amarela, entre outros, o Morro da Conceição. Espia, mesmo!
Justo o morro da conceição. Uma marca desse povo daqui. Pode fazer uma pesquisa, a maioria do povo que sobe o morre no dia 8 de dezembro e acende velas para Nossa Senhora da Conceição, diz logo: eu sou de casa amarela. À exceção claro, dos cada vez mais numerosos políticos. Estes, a gente sabe, são de todos os lugares...
Bom, o negócio aqui é resgate da história. O lugar onde hoje é o morro da conceição foi chamado no século dezessete de outeiro do Bagnuolo, uma referência ao Conde de Bagnuolo, um italiano de Nápoles, engajado em tropas que partiram de Salvador para defender pernambuco dos invasores, idealizou uma fortaleza de defesa perto do Arraial Velho do Bom Jesus, essa fortaleza sequer chegou a ser construída. Embora compreendida como tal. A título de "estar dando condições de combate às tropas", num lugar com mais de quarenta pés de altura. (Ahã)... Uma figura o tal Conde.
Merece outro parênteses:
(Giovanni Vincenzo di San Felice, Conde de Bagnuolo, nasceu em Nápoles, no ano de 1575 e morreu em Salvador, a 26 de agosto de 1640. Por tanto, tinha 65 anos de idade. Militar italiano, Bagnuolo entrou para o serviço da Coroa da Espanha num regimento de soldados napolitanos.
Nas primeiras Invasões holandesas ao Brasil, em 1625, Salvador. Foi enviado à Capitania de Pernambuco em 1631 para reforçar as tropas de Matias de Albuquerque. Antes, ainda, teria desembarcado em Alagoas, de onde rumou para o norte, defendendo o Cabo de Santo Agostinho.
Assumiu o comando da tropa após a morte do comandante espanhol Luís de Rojas y Borja, criou o forte que nunca existiu (o tal Outeiro de Bagnuolo) e em território digamos "amarelo"! fez juz ao espírtito que de que o bom mesmo é estar vivo. Abandonou a batalha e se refugiou em Porto Calvo. De lá para Sergipe e depois Bahia, onde finalmente vingou - se dos holandeses e depois, vitorioso, voltou a Pernambuco, retomando a luta contra os holandeses. Mas na sucessão das batalhas, já no ano de 1640, teve que voltar à Bahia, e acabou morrendo naquele mesmo ano.
A história não é muito justa com o tal Conde, dizem que na partida em disparada, quando Nassau apontou donde dava a vista com 2.000 homens de tropas. Bagnuolo teria deixado três canhões de bronze, de presente para os batavos. Pelo menos é o que reza a lenda.
O fato é que, com a vitória sobre os holandeses, o Matias de Albuquerque resolveu chamar o lugar de Outeiro de Bagnuolo, em lembrança a seu nome. Em 1900, a área ganhou nome de Outeiro da Bela Vista. O nome morro da conceição é de 1904, por ordem do bispo do Recife, Dom Luís Raimundo da Silva Brito, que mandou erguer o monumento em homenagem a Nossa Senhora da Conceição. Altar construído em Portugal, em comemoração aos 50 anos da Imaculada Conceição, que foi instalado ali ao lado da capela em estilo gótico, além de aberta a estrada de acesso ao morro.
Senhora da Conceição, minha mãe, minha rainha
Desde o dia 8 de dezembro de 1904, que uma multidão vai ao local. A data teve que ser transformada feriado municipal.
Monumento
A Imagem de Nossa Senhora da Conceição, vinda "por trás dos montes e d'além mar" tem cinco metro e meio de altura e pesa quase duas toneladas. Representa Maria Santíssima, vestida de branco, envolvida em um manto azul, de pé sobre o globo terrestre, com as mãos unidas em oração e uma cobra sendo esmagada pelos pés. O rosto é virado para a capela que ali foi construída. Em 1906, depois substituída. Nossa Senhora da Imaculada Conceição tem dali uma visão privilegiada. Alias, qualquer um que vá ao morro, além da belíssima imagem da santa. Contempla cenários de várias partes do Recife. E cria, apesar da importância que tem para o povo e a história recifense, o conjunto (imagem e capela) ainda não é tombado pelo Patrimônio Histórico.
Festa do Morro
Todos os anos, em 29 de novembro, é realizada a procissão da bandeira, que leva pequena imagem de Nossa Senhora da Conceição e uma bandeira alusiva à mesma.
Quando o monumento pertencia à paróquia do Bom Jesus do Arraial, a procissão saía sempre de sua matriz. Com a elevação a paróquia, essa procissão passou a sair de pontos diferentes a cada ano. É realizada uma novena, que termina no dia 7 de dezembro.
No dia 8, são celebradas missas, a partir das 4 horas da madrugada, culminando com outra procissão, no final da tarde.
Festa profana
Até 1959, o pátio do Morro da Conceição era palco de uma grande festa profana, com brinquedos infantis e adultos, barracas com comidas típicas etc. Grande multidão acorria ao local durante os dias que antecediam a festa da Conceição. Com um acidente naquele ano, que promoveu correria e pânico no local cheio de gente, procando até mortes. O pároco Monsenhor Teobaldo de souza Rocha da paróquia do Bom Jesus do Arraial, empenhou-se junto às autoridades para retirar do morro a festa profana, festejos que agora têm lugar na Avenida Norte e no Largo Dom Luís.
Até 1974, o Morro da Conceição pertencia ao bairro de Casa Amarela. Com a reestruturação dos bairros do Recife, foi elevado à categoria de bairro ele mesmo. E segundo censo do IBGE, de 2000, a população do morro é de 10.142 habitantes. Com uma área de quase quarenta e um hectares. A dita densidade demográfica chega a 248 habitantes por hectare, e aqueles idefectíveis quebrados.
Bom, vamos então agora, lembrar que é graças ao Sítio da Trindade que o bairro de Casa Amarela existe. O sítio histórico tem cerca de seis e meio hectares de área verde, com um chalé de seiscentos metros quadrados, hoje sede de atividades e programações culturais desenvolvidas pela Prefeitura. A área do Sítio também serve de palco às festas do São João, Natal, como autos natalinos e apresentação de pastoris, e tem até feira de hortifrutigranjeiros, sem agrotóxicos.
Pro final, ficou a melhor parte da história. Os tempos de glória do Sítio da Trindade. Tempo em que esse forte do Arraial Velho do Bom Jesus era sinal de resistência contra os invasores. E que por isso atraiu um número tão grande de moradores, comerciantes e foram surgindo as lojas, e barracas e pontos de negócios, até um oratório. O terreno do Arraial Velho foi reocupado, passando às mãos da família Trindade Paretti, e o local passou a ser, então, Sítio da Trindade, por causa desse bonito sobrenome da família. Já pensou: Sítio Paretti ? Ganhou Trindade!
Bem, no ano de 1952, o Sítio da Trindade (mesmo) foi desapropriado e declarado como um bem de utilidade pública. E em 17 de junho de 1974, classificado como um conjunto paisagístico e tombado pelo Iphan - Instituto do Patrimônio Artístico Nacional.
É por isso, que depois de ler num site de arquitetura e especulação imobiliária a máxima de que “Dize-me onde moras e te direi quem és”. Dá para afirmar com mais orgulho: Sou de CasAmarela!
E esse jornal é o púlpito, lugar sagrado, onde a criativa, batalhadora, pulsante população desse bairro tão querido, se expressa.
17 comentários:
Eu sou de Casa Amarela, do Alto Sta Isabel!!!
Hoje sou funcionário público e moro em São Paulo. Aqui sempre encontro alguém de Casa Amarela e matamos juntos as saudades desse lugar maravilhoso. Não vejo a "hora" de voltar de vez.
Gostei muito da matéria, parabéns!
Um gde abraço, Júlio César Braz
fui batizada na igreja da harmonia em casa amarela atravez do meu batismo quero achar meu pai nao conheço meu pai o nme dele é joao barbosa de souza ele é de casa amarela meu eu nome é norma filha dele minha tia irma dele é carminha minha mae se chama maria jose torres obrigado
preciso conhecer meu pai o nome dele é joao barbosa de souza fui batizada na igreja da harmonia em casa amrela meu nome é norma filha de maria josé torres com quem meu pai namorou eles sao de casa amarela recife
na igreja em meu batisterio preciso encontra-lo
Meu nome é Mônica de Souza Salles, neta de Horácio Corrêa Salles que nasceu em Casa Amarela e depois veio para o Rio de Janeiro. Gostaria de saber se tenho parentes por lá.Meu avô se casou com a Sra. Nair Florinda de Aquino Salles com quem teve 4 filhos, entre eles,meu pai Otton Corrêa Salles.Sou professora e moro no Rio de Janeiro,no Município de Maricá.Caso alguém tenha alguma informação, meu endereço eletrônico é salles_monica@hotmail.com
GOSTARIA DE SABER QUAIS BAIRROS PERTENCE A CASA AMARELA E QUAIS BAIRROS NÃO PERCENTE? AGUARDO A RESPOSTA. OBRIGADO
GOSTARIA DE SABER QUAIS BAIRROS PERTENCE A CASA AMARELA E QUAIS BAIRROS NÃO PERCENTE? AGUARDO A RESPOSTA. OBRIGADO
Anonimo disse...
Queria encontrar uma amiga antiga , Laurecy Curssinir de Araujo, seu nome de solteira , que e de Pernambuco e sua família do bairro de Casa Amarela em Recife. Agora ela já deve ter por volta dos 70 anos. Queria saber como esta, pois a mais de 40 anos que nao a vejo. se alguém souber dela, responda por favor.
Anônimo pergunta
Gostaria de saber se alguém sabe de Laurecy Curssinir de Araujo,(nome de solteiro, caso ela tenha se casado) que e de Pernambuco,Recife-Bairro Csasa Amarela. Mas morou algum tempo em Copacabana. Gostaria de saber se casou, como ela esta. Sou uma amiga dela mito antiga. Laurecy pertence a uma família tradicional os Araujos família. Tradicional de Pernambuco, bairro Casa Amarela, Os Araujos , Em Casa Amarela- Perrnambuco - Reciife, como já escrevi. Por favor se aluguem souber dela responda. Desculpem se estou sendo repetitiva!!!!! mas queria saber dela!!!
Quanta nostalgia em torno de Casa Amarela, ôh, coisa boêmia danada de boa! Casa Amarela, de fato, é um lugar bom de se viver. Ali nasci, ali fui criado.
Abraço a todos e que as respostas cheguem.
Quanta nostalgia em torno de Casa Amarela, ôh, coisa boêmia danada de boa! Casa Amarela, de fato, é um lugar bom de se viver. Ali nasci, ali fui criado.
Abraço a todos e que as respostas cheguem.
Tenho uma prima que nasceu neste lugar, porem nao conheceu o pai, sem certeza De nome sr.Antonio ou dr Antonio havia minha tia que tbm acho que era Alda, minha mae diz que fui batizada na igreja da harmonia, meu registro de nasc. e de 24/01/1960, meu nome deveria ser Nadia pela vontade de meu pai, mas minha mae batizou-me de Maria do Carmo, vim crianca para o RJ, os meus padrinhos de batismo foram , acho, Terezinha, Sr Elias? E outra senhora, minha mae era funcionaria na fabrica de rio tinto Lourdinha ou Maria de Lourdes da Silva, pelo amor de Deus nao aguento mais viver nesta duvida, alguem poderia me ajudar?
Tenho uma prima que nasceu neste lugar, porem nao conheceu o pai, sem certeza De nome sr.Antonio ou dr Antonio havia minha tia que tbm acho que era Alda, minha mae diz que fui batizada na igreja da harmonia, meu registro de nasc. e de 24/01/1960, meu nome deveria ser Nadia pela vontade de meu pai, mas minha mae batizou-me de Maria do Carmo, vim crianca para o RJ, os meus padrinhos de batismo foram , acho, Terezinha, Sr Elias? E outra senhora, minha mae era funcionaria na fabrica de rio tinto Lourdinha ou Maria de Lourdes da Silva, pelo amor de Deus nao aguento mais viver nesta duvida, alguem poderia me ajudar?
Oi meu nome é Joselia e já morei ai em casa amarela gostaria de localizá alguém sera que vc pode me ajudar? Obg
Alguém conhece Laurecy Cussinir de Araújo? Sou uma amiga antiga e queria saber dela. Obrigado!
Ola! 0arece ser muito difícil encontrar por parentes em um lugar tao povoado! Mas...vamos lá! Meu marido se chama Severino Pedro dos Santos! A mae biológica dele não deu muitas informações sobre a familia pois veio para o Rio gravida e ai deixou a todos e o desejo dele e saber sobre tios, e o pai! Quem sabe se tem conhecimento dele???? A mae dele aqui utiliza dois nomes....Josefa Felismina da Conceição e Odete dos Santos! Se alguem porventura souber ai no bairro casa amarela?!?! Entrar em contato! Obrigada!
Procuro a família do meu avo, Nelson Clementino Guimarães, nasceu em casa amarela e veio para Manaus bem jovem , minha mãe Lindalva Fernandes Guimarães e meu tio Ercílio Guimarães formam batizados com o nome de seus irmãos, se alguém souber de algo entre em contato
92 994947518
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