segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Pena que a Natureza fizesse de ti um só indivíduo


Holmes fez um resmungo lúgubre.


- Eu temia isso, disse ele. - Francamente, não posso felicitá-lo.


Fiquei um tanto magoado.


- Tem alguma razão para não concordar com a minha escolha?


- Nenhuma. Acho que ela é uma das moças mais encantadoras que já encontrei, e que ainda poderia ser muito útil num trabalho como o que acabamos de fazer. Ela tem faro para isso, haja vista como guardou o plano de Agra dentre todos os papéis do seu pai. Mas o amor é uma coisa emotiva, e o que quer que seja emotivo é contrário a esse raciocínio frio e correto que ponho acima de tudo. Eu nunca me casarei, para evitar que isso perturbe o meu raciocínio.


- Confio, disse eu, rindo, que o meu possa sobreviver a essa prova.

4 comentários:

Heber Costa disse...

Bom trecho... Lembrei dos idos de 1993, quando li pela primeira vez "O Cão dos Baskervilles". É de que livro? "Um Estudo em Vermelho"?

Anônimo disse...

"O cão dos baskervilles" é, ele próprio, um livro. "Um estudo em vermelho", é outro. Aliás, o primeiro romance de Arthur Conan Doyle onde surge o citado detetive - avesso a relacionamentos -, que se tornaria personagem de mais de 60 contos.

Casa Amarela disse...

Exato, Heber. Feliz escolha :) Elementar caro sr. James Moriarty...

Unknown disse...

Na realidade é um excerto do "signo dos quatro"