segunda-feira, 22 de outubro de 2007

A Lua em Sagitário e. Uma noite mais...

“O Amor conforta como o Sol depois da chuva”
Shakespeare


Há o homem de construir, por descoberta do Amor, aquele mundo ideal inexistente. Pois se há beleza ideal, ele insiste, há nela a esperança de estar seguro, um dia. Como Quíron, centauro notável e à exceção dos demais – embora com semelhante natureza selvagem e indomável – aceito por ter sabedoria e inteligência incomum, Miguel aponta para o futuro sua flecha envenenada mantendo firme suas patas ao chão.

Metade mito romântico na própria tragédia, a tragédia da primeira pessoa, metade “bon sauvage”, por natureza e mito de Russeau. Mito igualmente de Sagitário que remete à saga de Íxion, o intempestivo, que por fúria mata os convidados do próprio casamento com Dia, filha do ambicioso rei Dioneus, queimando-os em brasa. Íxion é condenado a errar pela vida, sem destino.

Na ausência de tino, Miguel reserva para si as mais difíceis escolhas. E seu lado bom selvagem faz com que se interesse por Lenora, viúva de certa semelhança com a bela figura de Hera, esposa de Zeus que, por perdão, recebe Íxion de volta ao Monte Olimpo. Ao descobrir as investidas, Zeus vinga-se do selvagem criando Néfele - o lado etéreo de Lenora - mulher feita de nuvem à figura e semelhança de Hera. Íxion, que vivia embriagado, se apaixona por ela. Dessa união nasce o Centauro, meio humano e meio animal.

Miguel e Lenora vivem na “selva urbana” em duelo da existência e condição meio humana. Por um lado, aspiram ao belo e ambicionam a evolução e por outro, o lado animal e infernal, estão atados à matéria. A Lua em Sagitário é um alerta, um pergaminho escrito no século XXI, para apontar o caminho a ser trilhado pelo bicho homem rumo ao desterro e à dor. Também serve para livrá-lo dele. Reserva no sotaque nordestino e nos trejeitos de amor a defesa dos lemas revolucionários: liberdade, igualdade e fraternidade.

Paulo Caldas há muito observa aspectos das desigualdades. Basta citar A Cor da Pele e O Sol além da minha rua. No seu aprendizado de ensinar, separa com os olhos os elementos a serem identificados pelo leitor, conduzido pelo autor com doçura, e até certo por ponto, generosidade. Por essa ordem, deteve-se às leituras da Lua, em sua visão trágica do menino crescido solto no mato e levado à cidade por circunstâncias da sua beleza e juventude. Um homem que recebe a máscara oferecida pela natureza.
orelha livro A Lua em Sagitário, de Paulo Caldas

Entre os dias 30, 31 de outubro e 01 de novembro, um evento irá reunir gente das artes plásticas, do teatro e da literatura. Será na Usina, localiza na Praça Faria Neves – a Praça de Dois Irmãos, ao lado do Horto Zoobotânico. O caríssimo Paulo Caldas lança a Lua em sagitário, sua novela comemorativa aos 25 anos de atividade literária. Será na quinta-feira, 01/11, dia de conhecer também o romance Guerrilha em Palmares de Luiz Berto. Premiado fora do País por Besta Fubana. A noite ainda reserva: O amor não tem bons sentimentos, peça de Raimundo Carrero, baseada no romance de mesmo nome que será encenada com a participação do próprio.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

A força do amarelo

Entre as correntes das Artes Plásticas que receberam influência da obra de Van Gogh estão: o expressionismo, o fauvismo e o abstracionismo. Van Gogh foi mesmo o primeiro a unir tendências impressionistas às aspirações do modernismo.

O menino

Vincent recebeu o nome do avó e tinha mais 2 irmãos, Theodorus, ou apenas Theo, e Cor. Além de três irmãs: Elisabeth, Anna e Wil. Foi uma criança séria, quieta e introspectiva. Sua única e maior de todas as amizades foi com o irmão Theo. Chegaram a trocar correspondências que foram publicadas em 1914, oferecendo detahes da vida do pintor e da personalidade conturbada. As cartas, até onde se sabe, também serviram para que Theo oferecesse suporte financeiro ao irmão, durante grande parte da sua vida. Realizando, mesmo que por pouco tempo, um dos maiores sonhos do artista que foi a criação de uma comunidade artística. Com a ajuda de Theo, Van Gogh morou e criou A Casa Amarela. Lugar onde as diferenças com Gauguin se acenturaram e levaram conhecido ato insano de Van Gogh de decepar a própria orelha.

Vincent van Gogh chegou em Arles, Sul da França, em dia 21 de fevereiro de 1888. A cidade era um local que o impressionava pelas paisagens e onde esperava fundar uma colônia de artistas.

A Casa

Foi para decorar a sua casa em Arles (que ficou mesmo conhecida como "a casa amarela") . Foi lá que Van Gogh pintou a série de quadros com a cor como Girassóis, que se tornaria numa das suas obras mais conhecidas. Dos artistas que deixara em Paris, apenas Gauguin respondeu ao convite feito para se instalar em Arles.

Mas não foi quaisquer dos quadros com predominância da cor amarela que Vicent van Gogh conseguiu vender em vida. O Vinhedo Vermelho, foi o único pintado nesta época. Ele o vendeu por 400 francos.

A confusão

"Gauguin e Van Gogh partilhavam uma admiração mútua, mas a relação entre ambos estava longe de ser pacífica e as discussões eram freqüentes."

Vincent teve vários episódios de violência. O episódio da noite de 23 de dezembro de 1888, quando cortou um pedaço da própria orelha esquerda, oferecido depois a prostituta, amiga de Vicent, Rachel. A orelha foi enviada para o bordel onde trabalhava Rachel, embrulhada em papel de jornal. Gauguin comunica o fato por telegrama a Theo e decide volta para Paris. Não chegou a visitar Vincent no hospital para o qual foi encaminhado para cuidados médicos e psíquicos.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Faltam 03 dias...

Lembrando: O concurso público de contos promovido pela Biblioteca Pública de Casa Amarela foi prorro gado até o próximo dia 19 de Outubro de 2007.

5º CONCURSO DE CONTOS LUÍS JARDIM - R E G U L A M E N T O

Art. 1° - O 5º Concurso de Contos Luís Jardim abrange o gênero narrativo e tem como objetivos incentivar, descobrir e divulgar novos talentos na literatura pernambucana, no âmbito da Biblioteca Popular de Casa Amarela.

Art. 2° - A) O Concurso é aberto à participação de qualquer interessado maior de 18 anos.- B) É vedada a participação no concurso de funcionários das bibliotecas públicas municipais.

Art. 3° - Os participantes devem inscrever um conto inédito com no máximo de três laudas. Cada pessoa pode participar com até dois textos; mas apenas um texto poderá ser premiado.

Art. 4° - Os originais devem ser enviados em cinco vias digitadas em Times ou Arial, tamanho 12, e impressas em papel A-4 (na cor preta, com espaço duplo e alinhamento justificado), assinados com um pseudônimo (que não deve ser um nome próprio), em um envelope grande (ofício).

Parágrafo único: Os originais devem estar acompanhados de um envelope (tipo carta) lacrado, identificado externamente apenas pelo pseudônimo, contendo (no seu interior) os dados de identificação do autor (pseudônimo, nome completo, endereço, e-mail, telefone(s) para contato e currículo resumido).

Art. 5° - Os textos devem ser entregues pessoalmente na Biblioteca Popular de Casa Amarela, situada à Rua Major Afonso Leal, s/n, Casa Amarela, CEP: 52070-160, aos cuidados da Comissão Julgadora do 5º Concurso de Contos Luís Jardim, recebendo, no ato, um Comprovante de Inscrição. Também são aceitas inscrições através dos Correios postadas até o último dia do prazo para inscrição.

Art. 6° - As inscrições estarão abertas no período de 03 a 28 de setembro de 2007, valendo como comprovante a data de entrega dos textos na Biblioteca ou a data de postagem nos Correios. A não adequação às normas aqui estabelecidas invalida a inscrição.

Art. 7° - Os textos inscritos não serão devolvidos, e não serão pagos direitos autorais.Art. 8° - Os contos inscritos serão analisados por uma Comissão Julgadora composta pelos seguintes especialistas na área de Literatura:

1- Maria Lenice Gomes da Silva (Escritora e especialista em Literatura Infanto-Juvenil);
2- Neide Medeiros Santos (Doutora em Estudos literários pela UNESP);
3- Francisco Ferreira de Mesquita Filho (Professor, poeta e crítico literário);

Parágrafo único: A presidência da Comissão Julgadora cabe à escritora Maria Lenice Gomes da Silva.Art.

9° - Os três primeiros colocados receberão os seguintes prêmios:

1º lugar: R$ 600,00 (seiscentos reais);
2º lugar: R$ 400,00 (quatrocentos reais); e
3º lugar: R$ 300,00 (trezentos reais).

Também serão concedidas (02) menções honrosas.

Parágrafo único: A referida premiação será paga mediante apresentação da Carteira de Identidade, CPF, comprovante de residência, inscrição no PIS/PASEP e comprovante bancário.

Art. 10 - O resultado do 5º Concurso de Contos Luís Jardim será divulgado no dia 20 de novembro de 2007 e a cerimônia de premiação ocorrerá no dia 06 de dezembro do corrente, na própria Biblioteca, onde será distribuída uma plaquete com edição dos (05) cinco contos selecionados.

Art. 11 - As dúvidas e os casos omissos serão decididos pela Comissão Julgadora. Ao se inscrever no 5º Concurso de Contos Luís Jardim, o candidato está automaticamente concordando com todos os artigos deste Regulamento.

Art. 12 - Da qualidade dos contos concorrentes não caberá qualquer recurso, ficando esta medida adstrita às condições extrínsecas do concurso, dispostas nas cláusulas deste Regulamento, que será julgado pelo Diretor Presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife, em segunda instância

Alugo vitrine

Na rua Conselheiro Nabuco (em Casa Amarela)
aqui - breve - foto!

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Na versão "The Beatles"... para Calvino

Birthday
(Lennon/McCartney)

They say it's your birthday
It's my birthday too, yeah
They say it's your birthday
We're gonna have a good time
I'm glad it's your birthday
Happy birthday to you

Ah Ah Ah

Come on Come on
Yes we're going to a party party
Yes we're going to a party party
Yes we're going to a party party
I would like you to dance (Birthday)

Take a cha-cha-cha-chance (Birthday)
I would like you to dance (Birthday)
Dance yeah
Oh Come on
I would like you to dance (Birthday)
Take a cha-cha-cha-chance (Birthday)
I would like you to dance (Birthday)

Oh dance! Dance

They say it's your birthday
Well it's my birthday too, yeah
They say it's your birthday
We're gonna have a good time
I'm glad it's your birthday
Happy birthday to you

Ítalo Calvino, em sua data de nascimento, por Rogério Mendes Coelho

As mulheres são como as cidades


Sexta-feira, Julho 15, 2005 - posted by Rogério Mendes Coelho* em seu blog - extinto - cronicax.blogspot.com

Lembro que eu e o poeta Leonardo Neves, em uma de nossas longas e etílicas charlas, mais uma vez quando falávamos sobre as mulheres, dizíamos que elas eram líquidas por não ficarem muito tempo em nossas mãos. E ficamos muito entusiasmados com quanto poético e perfeito era o desígnio. Belíssima imagem escorrendo em nossas mãos. E também boca e também peito etc: diante de nossos olhos: como um fluxofoema, as mulheres.No entanto, muito recentemente, tive a sorte de poder ouvir outro desígnio que poderia concluir tão poético quanto perfeito como o de outrora. Estava eu no balcão de um bar diante de um palco onde acontecia uma “jam session” de músicos consagrados nacionalmente tocando alguns clássicos do jazz. Até que a loira, intérprete e candidata precoce a diva anunciou uma canção conhecida, muito querida por muitos.

Diante do espasmo e comoção coletiva e até mesmo por curiosidade perguntei a quem me acompanhava o que poderia ter pensado o cidadão quando compôs a música. Foi a mim respondido que no nome da cidade que também intitulava a canção. E ainda finalizou dizendo que as mulheres são como cidades.Perfeito. Para cada cidade, uma personalidade, uma imagem, uma memória, uma estética e por que não, um sorriso? Antigamente, séculos e séculos atrás as cidades, inclusive os continentes, excetuando a América, mas que ainda sofreu uma modificação, uma adaptação para normalizar-se a essa perspectiva, costumavam ser fundadas com nomes de musas por aqueles que a encontravam, descreviam, fundavam e passavam a freqüentá-las ou habitá-las e, sobretudo, conquistavam-nas. Houve muitas guerras e mortes, inclusive, por isso. Mas isso é uma outra história.

O escritor Ítalo Calvino, cubano de nascença e italiano por adoção, no seu livro As Cidades Invisíveis brincou pertinentemente com isso. Escreveu um breve livro baseado no “Il Millione”, o diário de Marco Pólo, num exímio exercício metalingüístico, constituindo cada cidade imaginária sua como mulheres tácteis e possíveis (Diomira, Isidora, Dorotéia, Zaíra, Anastácia, Zora...) relacionando a fundação e descrição de suas cidades-musas com os jogos da memória, desejo, símbolos, trocas, nomes, olhos, céu, algo imanentemente e eminentemente humano sem perder o charme referencial e cosmogônico da história que constituía os homens e seus devidos espaços. Há muito mais que possa ser dito. Mas, como idéia, no geral, é mais ou menos isso o que Calvino quis dizer.

Vou transcrever umas das cidades que mais gosto descrita. O nome da cidade é Isidora. Veja-se: “O homem que cavalga longamente por terrenos selváticos sente o desejo de uma cidade. Finalmente, chega a Isidora, cidade onde os palácios têm escadas em caracol incrustadas de caracóis marinhos, onde se fabricam à perfeição binóculos e violinos, onde quando um estrangeiro está incerto entre duas mulheres sempre encontra uma terceira, onde as brigas de galo se degeneram em lutas sanguinosas entre os apostadores. Ele pensava em todas essas coisas quando desejava uma cidade. Isidora, portanto, é a cidade de seus sonhos: com uma diferença. A cidade sonhada o possuía; em Isidora, chega em idade avançada. Na praça, há o murinho dos velhos que vêem a juventude passar; ele está sentado ao lado deles. Os desejos agora são recordações.”

É interessante como Calvino “apenas” nos diz com isso ou nos faz ter certeza que nada somos sem o exercício da imaginação e desejo. Imaginação e desejo estes que constituem qualquer criação concebida, qualquer momento desfrutado e cada palavra enunciada ou escrita que é responsável por nossa sobrevivência, embora maldita ou mal dita possa ser. Realidade.Em suma, as mulheres são mesmo como cidades, habitáveis ou não, em suas geografias capazes de mover e comover. E nós, homens, carregamos conosco, como ressalta Calvino, a memória, o desejo, os símbolos, as trocas, os olhos, o céu etc de todas as cidades das quais passamos num sentimento ilustre, contínuo e diaspórico. É por isso que faz sentido o discurso de preservação das cidades, das mulheres, do amor a elas: não sobrevivem à ausência de memória. Porém, como conservá-la? Eis a questão. Brilho eterno de mentes sem lembranças.

*Mestre em Teoria da Literatura pela Universidade Federal de Pernambuco e poeta.
(Ítalo Calvino nasceu em 15/10/1923, Santiago de Las Vegas, Cuba e "despediu-se" em: 19/09/1985, Siena, Itália).

www.interpoetica.com : homenagem

Canto dos Emigrantes

Com seus pássaros ou a lembrança de seus pássaros,
com seus filhos ou a lembrança de seus filhos,
com seu povo ou a lembrança de seu povo, todos emigram.
De uma quadra a outra do tempo,
de uma praia a outra do Atlântico,
de uma serra a outra das cordilheiras, todos emigram.

Para o corpo de Berenice ou o coração de Wall Street,
para o último templo ou a primeira dose de tóxico,
para dentro de si ou para todos,
para sempre todos emigram.

Alberto da Cunha Melo
*1942
+2007

Arrisco versão à Bishop. Carol, pode ser assim traduzido?

ONE ART
UMA ARTE*

The art of losing isn't hard to master;
A arte de perder não é difícil de dominar

so many things seem filled with the intent to be lost that their loss is no disaster.
tantas coisas parecem cheias da intenção de serem perdidas que sua perda não é desastre

Lose something every day.
Perca alguma coisa todo dia.

Accept the fluster of lost door keys, the hour badly spent.
Aceite a confusão de perder as chaves da porta, a hora mal gasta

The art of losing isn't hard to master.
A arte de perder não é tão difícil de dominar

Then practice losing farther, losing faster:
Então pratique perder mais, perder mais depressa:

places, and names, and where it was you meant to travel.
lugares, e nomes, e para onde era sua intenção viajar.

None of these will bring disaster.
Nada disso lhe trará desastre.

I lost my mother's watch.
Eu perdi o relógio da minha mãe (e também a atenção...)

And look! my last, or next-to-last, of three loved houses went.
E veja! minha última, ou penúltima, das três adoráveis casas se foram.

The art of losing isn't hard to master.
A arte de perder não é difícil de dominar.

I lost two cities, lovely ones.
Eu perdi duas cidades, dessas amáveis.

And, vaster, some realms I owned, two rivers, a continent.
E, mais amplamente, alguns domínios que tive, dois rios, um continente.

I miss them, but it wasn't a disaster.
Eu os perdi, mas isso não foi um desastre.

---Even losing you (the joking voice, a gesture I love) I shan't have lied.
---Até perder você (a voz brincalhona, os gestos que Amo) Não terei mentido.

It's evident the art of losing's not too hard to master
É evidente que a arte de perder não é tão difícil de gerenciar

though it may look like (Write it!) like disaster.
embora assim pareça (Escreva isso!) ao desastre.

*com leitura de Carol Flores, que enviou o poema e preferiu "dominar" à "gerenciar" (somente) a perda! Abração Carol!

-- Elizabeth Bishop por Carol Flores

ONE ART

The art of losing isn't hard to master;
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster.
Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.

The art of losing isn't hard to master.
Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.
I lost my mother's watch. And look! my last, or
next-to-last, of three loved houses went.

The art of losing isn't hard to master.
I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn't a disaster.

---Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan't have lied. It's evident
the art of losing's not too hard to master
though it may look like (Write it!) like disaster.

Luís Jardim e Alberto da Cunha Melo na Bienal

Foi citado. O homenageado do 5o. Concurso de Contos da Biblioteca Popular de Casa Amarela, Luís Jardim, foi citado no encerramento da VI Bienal Internacional do Livro em Pernambuco. O escritor Ronaldo Brito lembrou que o pernambucano venceu concurso para Guimarães Rosa. Quem lê o blog dA Casa Amarela deve lembrar que o assunto foi tratado aqui...

No painel de encerramento, além de Ronaldo, Márcia Denser e Raimundo Carrero foram convidados a responder a pergunta: Literatura para quê? Bom, "para que a vida possa valer a pena", "pela produção de sementes de milho, feijão e sacas de farinha" e "para que o escritor possa interagir com o leitor e vice-versa (num grande "abraço")" foram as respostas dos debatedores. Homero Fonseca, curador da Bienal, e mediador da mesa, concluiu a noite com poema de Alberto da Cunha Melo, que faleceu nesta data. Foi um aceno que gerou palmas prolongadas e emoção. Consolidou o sentimento da noite, nas palavras do próprio Homero, "de maior entusiasmo para responder à pergunta".

Na Bienal, naquele mesmo auditório intitulado "Auditório Clarice Lispector" aconteceram outras 65 encontros, no Café Literário foram mais 53 palestras, inclusive lançamentos, no Cine Letras 59 eventos além de 38 debates que permitiram a interação de autores, jornalistas, professores e estudantes no Espaço Universitário e mais 71 painéis no espaço pedagógico. Resta a todos que compreendem tão bem essa necessidade de homens e mulheres, ou mesmo criaturas, em responder essa pergunta, dedicar-se a uma posterior: Para quem?

E isso já é outra análise, outra história, outra construção por escrito que será enviada ao Jornal de Idéias...

abaixo, ainda, notícia do JC on Line sobre a morte do poeta Alberto da Cunha Melo:

O corpo do poeta pernambucano Alberto da Cunha Melo, 65 anos, foi sepultado na tarde deste domingo, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista. Amigos e familiares compareceram à cerimônia para dar o último adeus a uma das principais vozes poéticas da literatura brasileira contemporânea. Alberto da Cunha Melo faleceu nesse sábado (13), às 19h35, na UTI do Hospital Jayme da Fonte, onde deu entrada na última quinta-feira, com infecção respiratória. Seu corpo foi velado na Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), em Santo Amaro.

Alberto vinha lutando contra um câncer de fígado e chegou a realizar um transplante do órgão no dia 24 de agosto passado. Ele deixa quatro filhos, sendo dois do primeiro casamento e dois da viúva Cláudia Cordeiro.

Expoente da chamada Geração 65, em julho passado, Alberto da Cunha Melo foi agraciado com o Prêmio Poesia 2007, concedido pela Academia Brasileira de Letras, pelo livro O cão dos olhos amarelos & Outros poemas inéditos (A Girafa Editora). Não chegou a ir receber a láurea em virtude do seu estado de saúde.

"Alberto é Pernambuco, um grande nome pernambucano da poesia nacional, filho ilustre, amigo leal e que lutou para a derrubada do muro que separa os homens e restitui a justiça e a cidadania", disse o imortal da Academia Pernambucana de Letras e presidente da Cepe, poeta
Flávio Chaves, de quem Alberto era assessor especial.

José Alberto Tavares da Cunha Melo nasceu em Jaboatão, em 1942 e orgulhava-se de se dizer neto e filho de poetas. Era sociólogo e jornalista, tendo sido o editor da página Suplemento Cultural do Jornal do Commercio, nos anos 80, abrindo espaços para jovens poetas, principalmente do movimento de escritores independentes, e críticos. Ultimamente, assinava a coluna Marco Zero, na revista Continente Multicultural (editada pela Cepe). Seu primeiro livro – Circulo cósmico – foi publicado em 1966, ano em que o historiador Tadeu Rocha rotulava de Geração de 65 o grupo de poetas surgidos das páginas do Diário de Pernambuco. Portanto, completa, neste ano de 2006, 40 anos de trabalho poético ininterruptos.

Alberto deixa uma obra vasta e consistente, de profunda preocupação com a existência humana. Em vários poemas, protestou contra a opressão e a injustiça social. São 16 livros, 13 de poesia. Ele está presente também em 26 antologias, duas delas internacionais. Suas obras, por ordem de edição são as seguintes: Círculo Cósmico (Recife: UFPE, separata da revista Estudos Universitários, 1966.), Oração pelo Poema. Recife: UFPE, separata da revista Estudos Universitários, 1969), a Publicação do Corpo (Quíntuplo, Aquário/UM, 1974.), A Noite da Longa Aprendizagem (Notas a Margem do Trabalho Poético. Recife, 1978-2000, v. I, II, III, IV, V; inédito), Dez Poemas Políticos (Recife, Pirata, 1979), Noticiário ( Recife: Edições Pirata, 1979), Poemas a Mão Livre (Edições Pirata, 1981), Soma dos Sumos (Rio de Janeiro: José Olympio, 1983), Poemas Anteriores (Recife: Bagaço, 1989), Clau (Recife: Imprensa Universitária da UFRPE, 1992), Carne de Terceira com Poemas à Mão Livre (Recife: Bagaço, 1996), Yacala (Recife: Gráfica Olinda, 1999), Meditação sob os Lajedos (Natal/Recife: EDUFRN, 2002), Dois caminhos e uma oração (São Paulo: A Girafa, 2003) e O cão de olhos amarelos & Outros poemas inéditos (São Paulo: A Girafa, 2006).

Entre as principais participações em antologia, participou de Os Cem Melhores Poetas Brasileiros do Século, (Geração Editorial – SP), organizada por José Nêumanne Pinto, e 100 Anos de Poesia. Um panorama da poesia brasileira no século XX, (O Verso/ MinC), organizada por Claufe Rodrigues e Alexandra Maia, e de Pernambuco, Terra da Poesia (IMC/Escrituras), organizada por Antônio Campos e Cláudia Cordeiro.

Na década de 1990 seus poemas saem das fronteiras de Pernambuco e ganham o Brasil e o exterior com o livro Yacala, lançado na Universidade de Évora, em Portugal, com prefácio do crítico literário e professor da Universidade de São Paulo Alfredo Bosi. Em 2003, em entrevista ao Jornal da USP, Bosi ratifica seu entusiasmo pela poesia de Cunha Melo e o considera o principal nome que vem despontando no cenário poético nacional.

O livro Meditação sob os Lajedos, em Dois Caminhos e uma Oração, foi considerado um dos dez melhores livros publicados no Brasil em 2002, por um júri de 400 especialistas do Prêmio Portugal Telecom de Literatura Brasileira, em sua primeira versão 2003.

Com informações retiradas do site do autor: http://www.albertocunhamelo.com/.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

PRORROGADAS INSCRIÇÕES PARA O CONCURSO DE CONTOS LUÍS JARDIM

O concurso público de contos promovido pela Biblioteca Pública de Casa Amarela foi prorro gado até o próximo dia 19 de Outubro de 2007. Confira informações do edital já publicado:

5º CONCURSO DE CONTOS LUÍS JARDIM - R E G U L A M E N T O

Art. 1° - O 5º Concurso de Contos Luís Jardim abrange o gênero narrativo e tem como objetivos incentivar, descobrir e divulgar novos talentos na literatura pernambucana, no âmbito da Biblioteca Popular de Casa Amarela.

Art. 2° - A) O Concurso é aberto à participação de qualquer interessado maior de 18 anos.- B) É vedada a participação no concurso de funcionários das bibliotecas públicas municipais.

Art. 3° - Os participantes devem inscrever um conto inédito com no máximo de três laudas. Cada pessoa pode participar com até dois textos; mas apenas um texto poderá ser premiado.

Art. 4° - Os originais devem ser enviados em cinco vias digitadas em Times ou Arial, tamanho 12, e impressas em papel A-4 (na cor preta, com espaço duplo e alinhamento justificado), assinados com um pseudônimo (que não deve ser um nome próprio), em um envelope grande (ofício).

Parágrafo único: Os originais devem estar acompanhados de um envelope (tipo carta) lacrado, identificado externamente apenas pelo pseudônimo, contendo (no seu interior) os dados de identificação do autor (pseudônimo, nome completo, endereço, e-mail, telefone(s) para contato e currículo resumido).

Art. 5° - Os textos devem ser entregues pessoalmente na Biblioteca Popular de Casa Amarela, situada à Rua Major Afonso Leal, s/n, Casa Amarela, CEP: 52070-160, aos cuidados da Comissão Julgadora do 5º Concurso de Contos Luís Jardim, recebendo, no ato, um Comprovante de Inscrição. Também são aceitas inscrições através dos Correios postadas até o último dia do prazo para inscrição.

Art. 6° - As inscrições estarão abertas no período de 03 a 28 de setembro de 2007, valendo como comprovante a data de entrega dos textos na Biblioteca ou a data de postagem nos Correios. A não adequação às normas aqui estabelecidas invalida a inscrição.

Art. 7° - Os textos inscritos não serão devolvidos, e não serão pagos direitos autorais.Art. 8° - Os contos inscritos serão analisados por uma Comissão Julgadora composta pelos seguintes especialistas na área de Literatura:

1- Maria Lenice Gomes da Silva (Escritora e especialista em Literatura Infanto-Juvenil);
2- Neide Medeiros Santos (Doutora em Estudos literários pela UNESP);
3- Francisco Ferreira de Mesquita Filho (Professor, poeta e crítico literário);

Parágrafo único: A presidência da Comissão Julgadora cabe à escritora Maria Lenice Gomes da Silva.Art.

9° - Os três primeiros colocados receberão os seguintes prêmios:

1º lugar: R$ 600,00 (seiscentos reais);
2º lugar: R$ 400,00 (quatrocentos reais); e
3º lugar: R$ 300,00 (trezentos reais).

Também serão concedidas (02) menções honrosas.

Parágrafo único: A referida premiação será paga mediante apresentação da Carteira de Identidade, CPF, comprovante de residência, inscrição no PIS/PASEP e comprovante bancário.

Art. 10 - O resultado do 5º Concurso de Contos Luís Jardim será divulgado no dia 20 de novembro de 2007 e a cerimônia de premiação ocorrerá no dia 06 de dezembro do corrente, na própria Biblioteca, onde será distribuída uma plaquete com edição dos (05) cinco contos selecionados.

Art. 11 - As dúvidas e os casos omissos serão decididos pela Comissão Julgadora. Ao se inscrever no 5º Concurso de Contos Luís Jardim, o candidato está automaticamente concordando com todos os artigos deste Regulamento.

Art. 12 - Da qualidade dos contos concorrentes não caberá qualquer recurso, ficando esta medida adstrita às condições extrínsecas do concurso, dispostas nas cláusulas deste Regulamento, que será julgado pelo Diretor Presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife, em segunda instância.

sábado, 6 de outubro de 2007

Bairro de Casa Amela e VI Bienal do Livro

Permitam só enquanto dura Bienal - domingo 14 de Outubro - brincar de ficar lá e cá.


Notícias sobre Casa Amarela

Julita & Juliane precisam de escovista e auxiliar de cabeleireira!

Casa dos Doces: desde 25 de Setembro, pouco depois do início da Primavera, a Casa dos Doces, abriu o espaço vizinho para ceia regional. Uma beleza. O telefone: 3267.6170. Tudo na Estrada do Arraial, pouquinho depois do Sítio da Trindade e da Igreja da Harmonia. Onde, por sinal, hoje - sábado - tem galeto no ponto por R$:6,00


Impressões da e na Bienal


No começo logo é difícil, aparece logo abordagem tipo: "laptop de graça", desde que você compre por mil e tantos reais pelos produtos da Barsa ou "livros pedagógicos", que só têm mesmo é muito gasto de tinta colorida. Paciência, andando mais um pouquinho, "pelas beiradas" como faria e diria o matuto, vai encontrar stand da LivroRápido, com oito lançamentos de infanto-juvenis previstos para terça-feira, tudo com o jeito Pereira de Tarcísio. Tem a Cepe, com exemplares que você deixou "passar batido" da Revista Multicultural (R$:10,00 apenas) e distribuição - claro, gratuita - do, difícil de achar, Suplemento Cultural do Diário Oficial do Estado Pernambuco, do caríssimo Carrero. Com Homenagem, dele para Paulo Caldas, aos 25 anos de Literatura. Veja aí:

Vê mesmo não viu não, não é? Pois é assim: "Nem sempre um escritor brasileiro pode chegar aos vinte e cinco anos de carreira. Por todos os motivos possíves"..."Neste ano de 2007, por exemplo, o escritor pernambucano Paulo Caldas celebra os vinte e cinco anos de sólida carreira literária, com destaque para a literatura infanto-juvenil".... "Trata-se de um autor que conseguiu, seriamente, construir mais do que uma carreira, um nome, um verdadeiro nome, respeitado e amado pelso caminhos que revelou na atividade intensa" (cita um trecho do livro que será lançado, segundo o próprio Caldas, "na uzina cultural dois irmãos, após bienal ou na última semanda de outubro").


O trecho: "Primeiro, senti a dor de ver as lágrimas de mãe e das meninas. Nos olhos de pai, não sei, nem sei se sentiu ou se escondeu a emoção entre as covas do roçado. Embora já estivesse tudo resolvido, a decisão ficara em família. O não precisa saber. Foi o que mãe recomendou".

E comenta: "Com essas palavras, o escritor Paulo Caldas inicia o seu novo livro - "Lua em sagitário" - em comemoração aos vinte e cinco anos de carreira. Narra a história de Liguel e Lenora, com um apuro técnico que aponta para a maturidade de sua obra. Há, no entanto, um enredo entrecruzado, em que a técnica elimina o sentimentalismo e o vulgar. Eis a principal questão deste tipo de literatura infantil ou infanto-juvenil: tornar-se sentimental a ponto de vulgarizar palavras e personagens."


Pronto. Tem mais na VI Bienal: Ariano e ainda A Libre - Liga Brasileira de Editoras - com seu catálogo Primavera 2006/2007. Todas as edições até o período. E o 2007 da editora Anita Garibaldi. Ah, tem o Arte Café (http://www.brasilartecafe.com.br/) e as edições SIM. Realmente, livros bem feitos e bem acabados. Bem prontos para nossos exigentes meninos e meninas. Lorena disse que tinha a impressão de já ter visto tudo, até se deparar com esses tão bons aí, mesmo que tenham cabido numa mão e contato nos dedos. Vale muito, ainda por cima, é só o começo.

VI Bienal Internacional do Livro em Pernambuco

Fonte: site da VI bienal



Ariano Suassuna


Imortal da Academia Brasileira de Letras, Ariano Suassuna receberá homenagens por seus 80 anos de vida durante da VI Bienal Internacional do Livro de Pernambuco.
Ariano é paraibano radicado em Pernambuco e autor de obras como Uma mulher vestida de Sol, A Pedra do Reino, O Auto da Compadecida e tantas outras. Formado em Direito e Filosofia, o escritor é fundador do Movimento Armorial, que tem como objetivo criar uma arte erudita a partir de elementos da cultura popular do Nordeste Brasileiro.


Embora seja mais ligado à literatura por conta de Ariano Suassuna, o Movimento Armorial procura atingir todas as formas de expressões artísticas: música, dança, literatura, artes plásticas, teatro, cinema, arquitetura, entre outras expressões.
As obras de Ariano Suassuna já foram traduzidas para inglês, francês, espanhol, alemão, holandês, italiano e polonês. Com toda essa bagagem, o escritor é sem dúvida um dos maiores nomes vivos da literatura brasileira.



Programação



Auditório Clarice Lispector
05/10 (sexta-feira)


10h - Abertura Oficial da VI Bienal Internacional do Livro de PernambucoHomenageada da Bienal: Academia Brasileira de Letras pelos seus 110 anos de fundação
15h às 17h30- Inauguração do Auditório Clarice Lispector com: “Homenagem a Clarice ispector”
Coordenadora: Fátima Quintas


Palestrantes:Dulcinea Santos: “Clarice e os traços da Paixão”Carlos Eduardo Carvalheira: “Clarice e os traços da Paixão”Luzilá Gonçalves: “Clarice cronista, a descoberta do mundo”José Mário Rodrigues: “Um exercício profundo de si mesmo”
Exibição do vídeo: “Clarice, o Recife em mim”


17h45 às 18h45- “Diálogos entre a Imagem e a Palavra: desafios da educação contemporânea”
Palestrantes:Solange CoutinhoFernando Azevedo


19h às 20h - “Literatura e Underground”
Delmo Montenegro apresenta: Santiago Nazarian (SP)


20h15 às 21h15 - “Os 110 anos da Academia Brasileira de Letras”
Saudação: Marcus Accioly


Acadêmicos: Marcos Vinícios Vilaça, Murilo Melo Filho, Domício Proença, Sérgio Paulo Rouanet, Marco Maciel e Arnaldo Niskier


06/10 (sábado)
10h às 12h- “Oficina de produção textual” (Gratuita)
Oficineira: Flávia Suassuna


14h às 15h- “O papel das Academias e Associações de escritores”
Palestrantes: Alexandre Santos e Vital Correia


15h15 às 16h15- “Academia Pernambucana de Letras: Saudação a César Leal, Débora Brennand e José Paulo Cavalcanti”
Coordenador: Waldênio Porto


16h30 às 17h30 - “Homenagem aos 90 anos de Hermilo Borba Filho”
“Hermilo: reflexões sobre Estética e compromisso”Palestrantes: Cristiano Ramos
“A dramaturgia de Hermilo Borba Filho e a modernidade no teatro brasileiro”Luís Reis
Coordenação: Leda Alves


Apresentação do livro “A Palavra de Hermilo”, organizadores: Juareiz Correya e Leda Alves
17h45 às 18h45 - “Riso e Melancolia”
Acadêmico Marco Maciel apresenta:
Palestrante: Acadêmico Paulo Sérgio Rouanet


19h às 20h - “Mauro Mota”Palestrante: Acadêmico Murilo Melo Filho
“Reforma Ortográfica”Palestrante: Acadêmico Domício Proença
Coordenação: Marcus Accioly


20h15 às 21h15 - “Musital para Ariano” com Bia, Antônio Marinho, Greg e Miguel (Grupo Em Canto e Poesia). Aula Espetáculo de Ariano Suassuna


07/10 (domingo)


11h às 12h- “Agenda do poeta”- Lançamento de agenda


14h às 15h- “Leitura e lazer, a festa do livro”
Palestrante: Leda Maya (Biblioteca Pública do Estado)


15h15 às 16h15- “Performance: Rasif - Mar que Arrebenta”
Palestrante: Marcelino Freire


16h30 às 17h30- “Literatura e Censura”
Marcelo Pereira apresenta: Paulo César Araújo


17h45 às 18h45- “A Dança em torno do Prazer”
Christoph Ostendorf apresenta: Ariadne von Schirach (Alemanha)


19h às 20h- “Filosofia e Televisão”
Fábio Lucas apresenta: Márcia Tiburi


20h15 às 21h15- “Literatura e Periferia”
Renato L apresenta: Ferréz (SP)


08/10 (segunda-feira)
10h às 12h- “Oficina Literária” (paga)
Escritor: Raimundo Carrero


14h às 15h - “Lançamento da 2° edição do Programa Manoel Bandeira de Formação de Leitores – Prefeitura da Cidade do Recife”
Palestrantes: João Paulo Lima e Silva - Prefeito da Cidade do Recife e Maria Luiza Aléssio - Secretaria de Educação, Esporte e Lazer do Recife


15h às 16h15- “Literatura e Novas Mídias”
Palestrantes: Cida Pedrosa e Cláudia Cordeiro


16h30 às 17h30- “Literatura e Humor”
Palestrantes: Marcelo Mário Melo e Diego Raphael


19h às 20h- “A naturalidade das coisas na poesia de Joaquim Cardozo”
Palestrante: José Luís Passos – Universidade de Berckeley (CA, EUA) - “Dimensões do acontecer na lírica de Joaquim Cardozo”
Palestrante: Maria da Paz Ribeiro Dantas (crítica literária)
Coordenação: Weydson Barros Leal


20h15 às 22h - “Financiamento à Cultura”Palestrantes: Roberto Nascimento (Secretário de Fomento e Incentivo à Cultura - MinC), Pedro Rafael Lapa (Diretor de Gestão do Desenvolvimento - BNB) e Henilton Menezes (Gerente do Ambiente de Gestão à Cultura)


09/10 (terça-feira)


10h às 12h- “Oficina Literária” (paga)
Escritor: Raimundo Carrero


14h às 15h- “Biblioteca: Visão de Futuro”
Palestrante: Luiz Augusto Milanesi – USP (Biblioteca Pública do Estado)


15h15 às 16h15 - “João Cabral: O Cão sem Plumas no Palco”
Palestrantes: Camilo Cavalcante e Silvio Pinto


16h30 às 17h30 - “Hora da Galhofa – 25 anos do Hipopocaré”
Palestrante: Antônio Guinho


17h45 às 18h45- “Literatura e Quadrinhos”
João Lins apresenta: Pascal Rabaté (cartunista francês)
Antônio Cedraz (criador da Turma do Xaxado- “Mestre dos quadrinhos”)


19h às 20h- “Maximiano Campos: Criador de personagens”
Palestrante: Raimundo Carrero


20h15 às 21h15 - “Políticas Públicas e formação de leitores: desafios e perspectivas”
Palestrantes:Jeanete Beauchamp - MECZélia Porto – SE - UFPELívia Suassuna - UFPECarmem Lucia Bezerra Bandeira - PCR


10/10 (quarta-feira)


10h às 12h- “Oficina Literária” (paga)
Escritor: Raimundo Carrero


14h às 15h - “O cinema como linguagem de comunicação”
Palestrantes:Rita Maria ZorzenonPaulo Cunha


15h15 às 16h15h- “Terra e Poesia: Espanha e Pernambuco em João Cabral” – Passagem simbólica das Correspondências do Poeta João Cabral de Melo neto do acervo da Casa de Rui Barbosa para o Arquivo Público Estadual – FUNDARPE
Luciana Azevedo (Presidente da Fundarpe) apresenta: Selma Vasconcelos


16h30 às 17h:30- “Literatura e Teatro: o papel do texto”
Palestrantes: Carlos Reis e Cláudio Aguiar


17h45 às 18h45- “O Felipão é Quem Sabe”
Perón Rios apresenta: Jorge Reis-Sá (Portugal)


19h às 20h - “Poesia e Música”
Marco Polo apresenta: Jaci Bezerra (poeta da geração de 35) e Zoca Madureira (músico)


20h15 às 21h15- “Literatura e Arte”
Mariana Oliveira apresenta: Jacineide Travassos, José Claudio e Badida (pintores pernambucanos)


11/10 (quinta-feira)


10h às 12h- “Oficina de Poesia Popular”
Realização: UNICORDEL


14h às 16h15- Oficina: “Ciranda dos autores: Histórias para pequenos e grandes” (gratuita)
Oficineiros: Lenice Gomes, Walther Moreira, Felipe Botelho e Hugo Monteiro
Mediadores: Profª Liliane Jamir e Profª Neide Medeiros (Paulinas)


16h30 às 17h30- “A História como fonte para Literatura e a Literatura como fonte da História”
Thiago Dantas apresenta: Paulo Santos – Autor de “A noiva da Revolução” e Socorro Ferraz – UFPE


17h45 às 18h45- “A Literatura e a percepção fragmentária do mundo”
Palestrante: Lourival Holanda - UFPE e Janilto Andrade – UNICAP: “Literatura e Cinema: Diálogo antigo, Revelações sempre novas”.
Coordenação: Marcelo Sandes


19h às 20h- “A questão da autoria na TV”
Maria Helena Porto apresenta: Cíntia Moscovich (RS)


20h15 às 21h15- “Literatura e Música”
Ézio Rafael apresenta: Lirinha – Cordel do Fogo Encantado


12/10 (sexta-feira)
10h às 12h30- “Mini-oficina: Como trabalhar o teatro em sala de aula” (gratuita)
Oficineiro: Felipe Botelho (Paulinas)


14h às 15h- “Prêmio Civitate – Amigo do Livro 2007”
Organizador: Jacques Ribemboim


15h15 às 16h15- “Coronelismo e Literatura”
José Nivaldo apresenta: André Heráclio


16h30 às 17h30- “Literatura Brasileira no idioma alemão: desafios e sucessos”
Christoph Ostendorf apresenta: Bertold Zilly (Alemanha)


17h45 às 18h15- “Portugal e Brasil: parentes afastados ou irmãos próximos?”
Palestrantes: Maria João Cantinho (Portugal) e Luís Carlos Patraquim (Moçambique): “Poesia de Moçambique”
Coordenação: Luís Carlos Monteiro e Maria Alice


19h às 20h- “Nova era de Desenvolvimento em Pernambuco”
Palestrante: BNB


20h15 às 21h15- “Livro e Leitura”
Coordenação: Tarciana Portela – MinC
Palestrante: Igor Ximenes Graciano – MinC


20h15 às 21h15- “Literatura e Vida”
Carolina Leão apresenta: Moacyr Scliar (ABL)


13/10 (sábado)
10h às 12h30- “Mini-oficina: Datas Comemorativas”
Oficineira: Cleópatra Valença (Paulinas)


14h às 16h15- “Arte e Saúde: Cordéis, Grafitagens, Cartuns e Jingles” – Arte na Medicina – UPE
Coordenador: Paulo Barreto Campello de Melo


Palestrantes: Wilson Freire - Cordéis, Ronaldo Cunha Dias – Cartuns (RS), João Alberto Silveira – Jingles (SE), Sebastião Ourinho – Grafitagem e Manoel Bione – Cartuns


Lançamento do livro “Cartunismo médico sem contra-indicações” do Dr. Ronaldo Cunha Dias – RS


16h30 às 18h45- “Literatura e Compromisso Social”
Palestrantes:Pedro Cabrera – (Venezuela)Roger Herrera – (Venezuela)Carlos Duque – Editora Monte Ávila (Venezuela)Diana Rosa Falcón – (Cuba)


19h às 20h- “Literatura e TV”
Jô Mazzarolo apresenta: Márcio Souza


20h15 às 21h15 - “Amor e ódio: duas poéticas em prosa”
Apresenta: Cida Sepúlveda e Nelson de Oliveira


14/10 (domingo)


10h às 12h- “Teoria Crítica e Educação”
Palestrante: Dr. Pe. Anderson Alencar Menezes, SDB (Paulus)


14h às 15h-“Pedagogia da Humanização – Centro Paulo Freire – Estudos e Pesquisas”
Palestrantes: Mirian Burgos e Xavier Uytdentbroek


15h15 às 16h15 “A Interface entre a Literatura popular e a erudita”
Palestrantes:Luiz BertoJosé Honório: “A Poesia popular produzida hoje no Nordeste”Joselito Nunes: “A necessidade do registro das narrativas orais”Dedé Monteiro: “Recitativo”


16h30 às 17h30- “Gregório de Matos e o exílio”
Jomard Muniz de Brito apresenta: Fernando da Rocha Peres


17h45 às 18h45 “Macunaíma: Um herói sem pai”
Jomard Muniz de Brito apresenta: Urânia Tourinho Peres


20h15 às 21h15 - “Literatura e Política”
Adriana Dória Matos apresenta: Márcia Denser


21:15h às 22:00h - “Literatura: Para quê?”
Palestrantes: Márcia Denser, Ronaldo Brito, Raimundo Carrero, Márcio Souza e Homero Fonseca

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Camisas dA Casa Amarela - Comunidade!


"Lá dentro posso com efeito viver e respirar e pensar e pintar.''



Van Gogh

Faça parte da Comunidade Artística dA Casa Amarela -
na VI Bienal do Livro 2007

quando: Sexta-feira, 05 de Outubro de 2007
local: Centro de Convenções - Olinda
contatos: Geórgia Alves - 9425.0258

terça-feira, 2 de outubro de 2007


A América Latina está onde o sol vai vindo. Está a estrela solar em todas as suas extremidades. Um pouquinho menos nos seus extremos norte e sul. Continentes e países banhados pela luz maior da natureza. A Casa Solar do nosso planeta. Abaixo da linha do Equador está a América do Sul e o Brasil. São muitos os paraísos deste mundo, mas o continente da fé e do amor à alegria natural é aqui. A Casa do Sol da linha do Equador. Onde não existe pecado, onde não existe tristeza, onde não há rigores do inverno ou melancolias do outono. Há chuva, lá isso há! Graus abaixo de zero que logo desaparecem da memória dos termômetros.


Porto de Galinhas é um desses paraísos tropicais. Há altas temperaturas e um calor escaldante. Há em cada recanto dessa casa solar, a cor amarela. A luz amarela e branca da luz do sol. Há o alaranjado-rubro do pôr-do-sol. Há a tarde violeta. Nessa Casa Solar, extremo do imenso continente solar, banhado pelo Oceano Atlântico, há a alegria vibrante da cor da realização. Da força do humano. Do Amor à vida.


Do encontro com a literatura. Que lembrou Frida - cem anos nascida -, 90 anos de Hermilo Borba Filho, 80 anos de Ariano Suassuna, 80 anos de Gabriel Gárcia Màrquez, 70 anos do gaúcho Moacyr Scliar, 50 anos sem a mexicana Gabriela Mistral, Nélida Piñon (nascida em 1937), Clarice Lispector (que há 30 anos nos deixou em carne, não em vida), Marcus Accioly e sua Latinomérica, Abreu e Lima e o editor de muitos José Olympio.

Lugar para Nélida Piñon declarar: "o autor escreve para conquistar as pessoas. Ninguém é feliz sozinho...". Onde Ariano Suassuna escolhe Cervantes que para o mestre apresenta uma única e mesma situação. A fantasia da realidade, que brutalmente se apresenta ao herói de maneira verdadeiramente cruel como aquilo que invariavelmente atinge Dom Quixote. "É por acreditar que todos agem como ele, de boa fé. Que a humanidade é digna e verdadeira como ele, que ele sofre agruras e enganos fatais. Ele, Dom Quixote, era incapaz de faltar com a palavra e, por isso, julgava os outros do mesmo jeito. O livro mostra como o mundo é mesquinho e que a generosidade é sempre punida".

Onde para Eduardo Agualusa é possível ver melhor a realidade da América Latina e o que têm a dizer suas vozes, ali representadas por escritores. Onde Luzilá Gonçalves Ferreira acredita na importância da interação que sempre defendeu o cearense César Leal. Onde é possível ver, há trinta anos, ele, Ariano, Brennand e outros do grupo em reuniões criativas dominicais. Que além de tudo serviram para desvelar a poesia delicada de Débora Brennand...

Onde Marcus Accioly emocionou-se com a platéia, como "Um Novo Velho do Restelo". Palavras do doutor e livre docente pela Universidade de Paris 3-Sorbonne Nouvelle, além de professor da Universidade Blaise Pascal, Chermont 2), Saulo Neiva. Tudo por causa de um canto lançado em 2001, que segundo o autor "levou 20 anos...". Trouxe-nos cinco séculos de história mal contada e vivida em pele nua de índio e americanolatino.

Onde a lua esteve presente em diferentes fases mas nunca encoberta por sombra nenhuma. Permitam o instante de tamanha alegria... De carecida epifania... Do encontro "ao vivo" com a comunidade da Casa Solar Amarela!!!