"Neruda dormiu no ato, e despertou dez minutos depois, como as crianças, quando menos esperávamos. Apareceu na sala restaurado e com o monograma do travesseiro impresso na face.
- Sonhei com essa mulher que sonha - disse.
Matilde quis que ele contasse o sonho.
- Sonhei que ela estava sonhando comigo - disse ele.
- Isso é coisa de Borges - comentei.
Ele me olhou desencantado.
- Está escrito?
- Se não estiver, ele vai escrever algum dia - respondi - Será um de seus labirintos".
quarta-feira, 23 de julho de 2008
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