quinta-feira, 15 de maio de 2008
AS GARÇAS
Apesar de ser um bom monarca, aquele rei - como, aliás, todos os poderosos - possuía incontáveis inimigos. Por sorte e em compensação tinha também súditos de uma lealdade a toda prova. Por exemplo, as garças. Sim, elas lhe eram tão fiéis que andavam preocupadas ante a possibilidade de algum ataque noturno ao castelo.
Quer dizer que aquelas frágeis aves pretendiam proteger Sua Majestade melhor que a própria guarda real?
- O problema é que as sentinelas dormem, quando deveriam estar alerta, confabulam as garças entre si.
- Também não podemos confiar nos cachorros, lembra uma outra, eles estão sempre cansados, já que vivem caçando...
- Portanto, nós é que temos que velar pelo sono de nosso rei, arremata uma terceira garça.
Corajosas, as aves dividiram-se em destacamentos, cada qual incumpido de vigiar um setor do palácio. Assim, enquanto um grupo se espalhou pelos campos em redor, outro postou-se nos portões principais e um último ficou de atalaia dentro dos próprios aposentos do rei. Decidiram, além disso, que se revezariam em turnos, para maior segurança.
Chegaria, porém, o momento em que até esses fiéis animais sentiriam sono. E quem se lembrou dessa possibilidade foi uma sábia garça que tratou logo de dividir suas preocupações com as companheiras. Depois de refletirem bastante, ocorreu à mais velha o seguinte estratagema:
- Enquanto ficarmos paradas, seguraremos uma pedra com o pé que estiver levantado. Se uma de nós adormecer, deixará a pedra cair e logo será despertada pelo barulho.
A precaução, embora cheia de sabedoria, parece ter sido desnecessária. Ainda hoje, as garças continuam em vigília por seu rei e dizem que até agora nunca se ouviu o ruído de uma pedra rolando pelo chão...
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2 comentários:
'a vida é bela, o sol a estrada amarela, e as ondas as ondas as ondas'
chico
gatam, vamos para a praia?
te ligo
beeeijos
Delícia!!! praia e poeminha do chico com Diana. Sim! Sol nessa vida.
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