Aquele bando de pássaros tinha começado a diminuir misteriosamente. Iam desaparecendo um a um, sem que se percebesse como.
Até o dia em que o líder do grupo resolveu deslindar o mistério e, para tanto, ao invés de voar à frente dos demais, colocou-se na última fileira - assim podia ver todos os outros pássaros.
Naquele dia, como de costume, tomaram o rumo de uma floresta. Acontece que, ao passarem por certo morro, o bando dividiu-se repentinamente em duas colunas, como se uma ventania os separasse. Logo em seguida, quase todos voltaram à formação anterior, exceto dois pássaros muito jovens, que mudaram de rota.
A essa altura, o líder finalmente viu de onde partia a poderosa força que atríara seus companheiros naquela direção: uma enorme serpente, semi-oculta pelo mato. Saendo dos hábitos do bando, ela se escondia todas as manhãs ali, esperando-o passar. Nesse momento, abria sua bocarra e, aspirando o ar, tentava sugá-los, conseguindo capturar justamente os mais fracos e mais leves.
Não contava a serpente, porém, com a astúcia do pássaro-líder que, daquele dia em diante, desviou o curso do bando, obrigando-a a procurar outra refeição matinal.
quinta-feira, 22 de maio de 2008
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